HISTÓRIA E EDUCAÇÃO SEXUAL: ALGUMAS
CONSIDERAÇÕES
Na escola as relações socioculturais e as relações de gênero
são marcadas por discursos sobre a sexualidade e gênero que podem produzir desigualdades
e submissões. A partir dessa perspectiva o objetivo deste trabalho é promover
algumas reflexões críticas sobre a Educação Sexual na prática pedagógica e sua
importância no combate ao preconceito e estereótipos de gênero, assim como na
conscientização acerca de gênero e sexualidade. O trabalho foi realizado
através de uma pesquisa bibliográfica utilizando conceitos de autores como
Michel Foucault. Procurou-se demonstrar também algumas das dificuldades enfrentadas
para a efetivação de políticas públicas voltadas para a Educação Sexual.
O debate acerca da temática não é recente, durante o século
XX a Educação Sexual de jovens e adultos já era foco de professores e médicos. Desde
a década de 80 o assunto vem ganhando mais espaço na atualidade, problemas como
a gravidez na adolescência e a transmissão de DSTs vêm alertando autoridades e
pais sobre a relevância da educação sexual escolar como instrumento de
prevenção.
O tema da pesquisa bibliográfica foi selecionado devido à
emergência do debate sobre temas como gênero, sexualidade e orientação sexual,
estas temáticas ainda são consideradas tabus, principalmente no ambiente
escolar, diante desta realidade, o estudo visa descrever a importância da
Educação Sexual e auxiliar para que a sexualidade possa ser desenvolvida com
respeito, respeitando as diferencias de gêneros e orientação sexual, visando à
tolerância e o respeito entre os membros do ambiente escolar. O Grupo de Trabalho
e Pesquisa em Orientação Sexual (GTPOS) define educação sexual como qualquer
meio pelo qual aprendemos sobre a sexualidade ao longo da vida, seja pela
família, da religião, a comunidade, através dos livros ou da mídia. Essa
educação é contínua podendo ser intencional ou não. Questões referentes à
educação sexual abrangem aspectos emocionais, históricos, socioculturais, entre
outros, nesse sentido, pra tratar da educação sexual é necessário utilizar mais
que a abordagem da biologia.
A escola é o ambiente onde jovens e crianças ficam a maior
parte do tempo durante o desenvolvimento do seu aprendizado e enquanto espaço
social que reúne diariamente crianças e adolescentes se torna um ambiente
favorável ao desenvolvimento de atividades no âmbito da sexualidade e tem
importante papel para a sexualidade, saúde e cidadania. A escola exerce um
importante papel na sexualidade durante a infância e adolescência “se
relacionarmos o processo de escolarização à disciplinarização dos corpos de
crianças e jovens, veremos que a educação do sexo encontrou seu lugar
privilegiado na escola desde muito cedo”. [in: César, 2009].
Segundo Ribeiro (2011), a Educação Sexual no ambiente
escolar necessita ocorrer no campo pedagógico, não tendo, assim, um caráter
terapêutico. Para Jardim e Bretas (2005) a Educação Sexual é majoritariamente um
domínio da família, pois é peça chave na formação da identidade de gênero e na
prática dos papéis sexuais de seus filhos. É indiscutível a importância da
família neste debate, porém é necessário que a escola se mantenha aberta para a
discussão, independentemente da participação de ambos, a sexualidade está
abertamente sendo debatida através dos meios de comunicação, como internet e
televisão.
Dificuldades para a criação de
políticas públicas para educação sexual.
César (2009) alerta que durante a ditadura de 1964 o regime
impôs um controle e moralização dos costumes, especificamente devido à união
entre os militares e o grande grupo conservador da igreja católica, a Educação
Sexual foi banida e taxada como “imoral” e considerada inapropriada para o
ambiente escolar, tal pensamento ainda é presente, em 2004 o governo federal
lançou o projeto Brasil Sem Homofobia,
um parte deste projeto tratava sobre a formação de educadores para questões de
gênero e sexualidade, vejamos alguns pontos:
“Elaborar
diretrizes que orientem os Sistemas de Ensino na elaboração de ações que
comprovem o respeito ao cidadão e a não-discriminação por Orientação Sexual.
Fomentar e
apoiar curso de formação inicial e continuada de professores na área da
sexualidade.
Estimular a
produção de materiais educativos (filmes, vídeos e publicações) sobre
orientação sexual e superação da homofobia.”
[In: Brasil,
2004].
A preocupação
com questões de gênero, sexualidade e orientação escolar na escola causou a
reação da chamada Bancada Evangélica do
congresso nacional que promoveu um verdadeiro ataque ao projeto fazendo que
fosse abandonado pelo governo federal, tal acontecimento demonstra a
dificuldade para implantação de políticas públicas para a Educação Sexual. Para
Zarbato (2015) atualmente, a abordagem do assunto gênero é um dos grandes
desafios do ensino de história, devido aos encadeamentos das legislações, assim
como as influências sociais e culturais.
História, gênero e sexualidade
Como demonstra Foucault
a sexualidade é constituída historicamente através de discursos que produzem
regras e normas, vejamos:
“A sexualidade é o nome que se pode dar a um dispositivo
histórico: não à realidade subterrânea que se aprende com dificuldade, mas à grande
rede de superfície em que a estimulação dos corpos, a intensificação dos
prazeres, a incitação ao discurso, a formação dos conhecimentos, o reforço dos controles
e das resistências, encadeiam-se uns aos outros, segundo algumas grandes
estratégias de saber e poder”. [In: Foucault, 1984].
Louro (2007)
afirma que grande parte dos pesquisadores e interessados no assunto concordam
que a sexualidade supõe ou implica mais do que corpos, que nela estão
envolvidos valores, linguagens e comportamentos. A sexualidade é inerente e faz
parte da condição humana e a escola deve tratá-la como tal.
É importante
ressaltar que ao falarmos de sexualidade, também estamos falando de orientação
sexual, tal assunto muitas vezes é alvo de colocações equivocadas, o discurso
da escola deve ser livre de preconceitos para que não ocorra nenhum tipo de discriminação.
Sobre Gênero, Joan Scott (1995, p.71) justifica suas ideias nas concepções a
seguir:
“As relações de
gênero são marcadas por desigualdades, hierarquias e obediências, sendo
relações de poder. Elas possuem uma
dinâmica própria, se articulando através de outras formas de dominação e
desigualdades sociais, como raça, etnia, classe, etc. Sendo legitimada
socialmente, se constitui em construções.
Essa perspectiva permite entender as relações sociais entre homens e
mulheres, o que pressupõe modificações e conservações, desconstruções e
reconstrução de elementos simbólicos, imagens, práticas, comportamentos,
normas, valores e representações”.
Conforme Louro (1997)
os conceitos de gênero divergem não meramente entre as sociedades ou os
contextos históricos, mas também no interno de uma dada sociedade, ao se
considerar os diversos grupos (étnicos, religiosos, raciais, de classe) que a constituem.
A abordagem do
tema gênero no ambiente escolar visa à desconstrução de ideias sexistas, que
são adquiridas através de inúmeras aprendizagens e práticas e que são reproduzidas
pelos alunos. Segundo César (2009) trabalhar as relações de gênero consiste em
somente expressar que meninos podem ser também meigos e sensíveis sem que isso
seja capaz de “machucar” sua masculinidade, e que meninas podem ser agressivas
e objetivas, além de gostarem de futebol, sem que esses atributos diminuam sua
feminilidade. A educação sexual deve buscar demonstrar e combater estereótipo
de gênero que permeiam a existência das mulheres e dos homens.
Na história a
questão do gênero pode ser abordada buscando dialogar sobre as lutas das
mulheres e sua história, como afirma Costa (2003, p. 165); “Os estudos das mulheres, a história social e a dos feminismos,
aproximados, serão, agora, os lugares principais de assentamento do conceito de
gênero. Agrupadas sob diferentes interesses intelectuais, pesquisadoras,
feministas ou não, portam inquietações e tradições intelectuais e, se com elas
se ingressa nos debates sobre o conceito de gênero, experimentam-se profundas
mudanças paradigmáticas na história social e pessoal”. [in: Costa, 1994.]
Considerações finais
A escola deve discutir
os vários temas e ações da sociedade atual, relacionados a gênero, sexualidade
e orientação sexual sempre buscando a reflexão para que assim ocorra uma
educação sexual realmente emancipadora e tenhamos jovens com menos preconceitos
nas relações sociais e mais informações sobre o corpo e a sexualidade. Deve-se
compreender a sala como um espaço para que, por meio de dinâmicas, possamos
problematizar temáticas, elevar questionamentos e expandir a visão de mundo e
de conhecimento. Finalizando, para Britzman (1999) professores necessitam
produzir a capacidade de desestabilizar o conhecimento em nome da liberdade. A
Sexualidade e a Educação Sexual se referem a práticas de liberdade e todos os esforços
a favor desse debate é preciso.
Referências
Graduando
do Curso de História na Universidade da Amazônia - UNAMA e professor do ensino
fundamental na rede privada de ensino em Belém-PA.
BRASIL. Conselho
Nacional de Combate à Discriminação.
Brasil Sem Homofobia: Programa de combate à violência e à discriminação contra
GLTB e promoção da cidadania homossexual.
Brasília: Ministério da Saúde, 2004.
BRITZMAN,
Deborah. Curiosidade, sexualidade e currículo. In: LOURO, G.L (Org). O corpo educado.
Pedagogias da Sexualidade. Belo Horizonte: Autentica 1999.
CÉSAR, Maria.
Gênero e sexualidade e educação: Notas para uma “Epistemologia”. Educar em
Revista [online]. Vol.35, Curitiba. 2009.
COSTA,
J.F. A ética e o espelho da cultura.
RJ: Rocco, 1994.
FOUCALT, M. História
da sexualidade: a vontade de saber. 4. ed. Rio de Janeiro: Graal, 1997. V.1.
JARDIM,
Dulcilene Pereira; BRETAS, José Roberto da Silva. Orientação sexual na escola:
a concepção dos professores de Jandira - SP. Revista Brasileira de Enfermagem.
2006, vol.59, n.2, pp.157-162.
LOURO, Guacira
Lopes. Gênero, sexualidade e educação: Uma perspectiva pós-estruturalista. 6. Ed.
Rio de Janeiro: Vozes, 1997.
______Gênero e
sexualidade: pedagogias contemporâneas. Pro-Posições [online]. 2008, vol.19,
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RIBEIRO, Marcos.
Educação Sexual e Metodologia. 2011. Disponível em: <http://www.adolescencia.org.br/upl/ckfinder/files/pdf/Educa%C3%A7%C3%A3o%20Sexual_Marcos%20Ribeiro.pdf>.
Acesso em: 30 jul. 2017.
SCOTT, Joan. Gênero:
uma categoria útil para a análise histórica.
Educação e Realidade, Porto Alegre, v.20, n.2, p.71-99, 1995.
ZARBATO,
Jaqueline Aparecida Martins. As estratégias do uso do Gênero no ensino de
História: narrativa histórica e formação de professoras. Revista Trilhas da
História. Três Lagoas, v.4, nº8 jan-jun, 2015.p.49-65
Professor, de que forma podemos dinamizar essa temática para os alunos das séries iniciais? Grata.
ResponderExcluirAline da Silva Ferreira
Boa tarde! Muito interessante seu artigo porem gostaria de saber sobre a metodologia pra falar sobre educacao sexual em sala de aula sem provocar polemicas?
ResponderExcluirPrezado Benedito, obrigado pela leitura e pela pergunta.
ExcluirÉ difícil não causar polêmicas ou algum estranhamente, é importante ressaltar o porquê essas questões são vistas assim.
Boa noite! Qual a metodologia e qual o professor seria o ideal para propor os debates sobre educação sexual?
ResponderExcluirBruna Caroline da Silva
Prezada Bruna, obrigado pela leitura e pela pergunta.
ExcluirAcredito que o ideal seria uma abordagem interdisciplinar, um planejamento em conjunto envolvendo vários professores.
Boa noite! Qual a metodologia e qual o professor seria o ideal para propor os debates sobre educação sexual?
ResponderExcluirBruna Caroline da Silva
Prezada Bruna, obrigado pela leitura e pela pergunta.
ExcluirAcredito que o ideal seria uma abordagem interdisciplinar, um planejamento em conjunto envolvendo vários professores.
Boa noite! Gostaria de saber se o caminho para a conscientização do respeito ao próximo, seria criar uma matéria específica, onde se trabalharia as questões de gênero para as séries iniciais?
ResponderExcluirMilena Silvério Ferreira
Prezada Milena, obrigado pela leitura e pela pergunta.
ExcluirAcredito que o ideal seria uma abordagem interdisciplinar, passando por várias matérias.
Boa noite!
ResponderExcluirÉ comum ouvirmos o discurso de que as mulheres um dia precisaram lutar, mas que hoje é uma luta desnecessária. Como mostrar para os alunos que essa afirmação está incorreta? Você acredita que o papel de modificar essa ideia é intrínseco à Sociologia ou a História tem um papel igualmente importante?
Fabiana Costa Biscácio
Prezada Fabiana, obrigado pela leitura e pela pergunta.
ExcluirEsse tipo de afirmação pode ser negada expondo algumas estatísticas sobre a atual condição da mulher, como os números sobre a desigualdade salarial e do feminicídio. Acredito que é um papel de ambas.
Bom dia!!
ResponderExcluirÉ visível, como exposto em seu texto e transmitido pela mídia, o quanto ainda esbaramos em dificuldades de inserir em sala de aula temáticas que envolva gênero, sexualidade e orientação sexual. A sexualidade grita nos corredores escolares, o preconceito aflora e é reproduzido pelos discursos, mas ainda não temos uma normatização que nos possibilite desconstruir e ampliar os horizontes sobre essas questões. Considerando também o ambiente escolar como sendo cruzado por referências religiosas, políticas e outros valores sociais que estruturam e dão força aos movimentos conservadores como o MBL. A minha questão é que, mencionar a palavra Gênero em sala de aula, muitas vezes associado como invocação de uma ideologia, haja visto o que vem sendo disseminado justamente por esses movimentos conservadores, assim, em sua visão, conseguimos tratar desses temas mesmos que não falando diretamente sobre eles? É possível falar sobre violência de gênero, machismo, orientação sexual, através de questionamentos de exercícios dispostos no livro didático, como exemplo?
Att,
Valdemir Paiva
Prezado Valdemir, obrigado pela leitura e pela pergunta.
ExcluirPenso que evitar alguns termos temendo reações é um equívoco, não vejo como tratar violência de gênero sem utilizar o termo "machismo" por exemplo... A abordagem pode não ser tão direta mas o uso dos termos e conceitos se faz necessário, inclusive pra desconstruir preconceitos sobre os mesmos.
Gostei muito do seu texto, parabéns! Fiquei refletindo sobre o trecho que você aborda a desconstrução de ideias sexistas, que tipo de fontes históricas você indicaria para serem trabalhadas em sala de aula no ensino fundamental?
ResponderExcluirDesde já agradeço,
Anna Luiza Pereira
Existem trabalhos interessantes e bem fundamentados sobre a temática, por exemplo esse do Richard B. Parkinson sobre Masculinidade no Egito Antigo. “Gabando-se de sua virilidade”: http://ucs.br/etc/revistas/index.php/metis/article/viewFile/1345/1077&rct=j&sa=U&ved=2ahUKEwjJ_ffKrrjaAhVFmJAKHXw3A6QQFjAAegQIBxAB&q=masculinidade+egito+antigo&usg=AOvVaw0DCtmqIpPnuNKVtZob90iZ
ExcluirSabemos que na escola as relações socioculturais estão bem visíveis, porém esse debate sobre a questão sexual, ainda é muito árdua. sobre o trecho em que você desconstrói as ideias sexistas, como trabalhar essa temática interessante mas sem torna-la banalizada, com conceitos estereotipado de fora da escola?
ResponderExcluirAtt
Ana Paula Lima Cunha
Prezada Ana Paula, obrigado pela leitura e pela pergunta.
ExcluirPodemos trabalhar, em História, utilizando fontes, demostrando que as idéias de masculinidade e feminilidade não são estáticas e nem inatas.
Professor, de que forma podemos dinamizar essa temática para os alunos de 1º a 5º Ano?
ResponderExcluirGostei muito de seu texto, mas me prendi a parte em que você discorre a seguinte frase: "a sexualidade está abertamente sendo debatida através dos meios de comunicação, como internet e televisão." Dessa forma, gostaria de saber a opinião do Sr. sobre a utilização de desenhos e filmes para que seja possível discutir a sexualidade com os alunos dos anos iniciais. Uma vez que, utilizando esta metodologia, a criança, que já é familiarizada com o desenho, seria inserida na discussão sem um grande estranhamento com o assunto. Dessa forma, previamente seria apresentado um desenho/filme lúdico e após tal apresentação ocorreria uma discussão sobre o assunto sexualidade. Sendo assim, caso o Sr. não concorde ou tenha outros métodos para trabalhar com as crianças dos anos inicias, gostaria que os explicasse e/ou os mostrasse.
ResponderExcluirAtt
Sofia Alves Cândido da Silva
Olá,boa noite!
ResponderExcluirSeu artigo é positivo, precisamos criar debates na sala de aula, você convida para uma questão que temos sim que lutar, para que se torne disciplina, não só no campo pedagógico como você propõe mas com conteúdos a fundo para que os jovens diminuam seus preconceitos nas relações sociais e tenham mais informações sobre o corpo que é de suma importância. Agora quero que você explique como incluir em um plano de aula um tema tão abrangente, orientador, complexo e preconceituoso para os dias atuais? lembrando que temos as religiões que precisamos respeitar! Outra pergunta intrigante para mim seria: Como no seu ponto de vista derrubar os tabus sobre a sexualidade no âmbito escolar? Qual será o passar a frente de nós educadores para a contribuição e legitimação da disciplina Educação Sexual dentro das escolas,Faculdades,Etec, e outros?
O profissional adequado para essas orientações será o Historiador,porém na sua leitura de mundo qual idade compatível para o inicio dessas aulas?
Muito Obrigado.
Ednéia Matos Dos Santos.
Adorei seu texto, parabéns! Eu gosto muito desse assunto e concordo com vc quando diz que o tema está sendo exposto na mídia, porém acredito que o que está sendo passado nas novelas e programas e um pouco de senso comum. Acredito que devemos começar a ensinar as crianças desde cedo sobre sexualidade, podendo assim, evitar casos de abuso sexual. Porém, mas escolas existe uma grande dificuldade ainda, que são os pais dos alunos. Eles têm dificuldade de entender que ensinar sexualidade não é só falar de sexo. Você tem alguma dica de como lidar com os pais?
ResponderExcluirDaiane Andreazzi Pastre
Olá, obrigado pela leitura e pela pergunta.
ExcluirAcredito que pra lidar com os pais, apenas muito muito diálogo e capaz de esclarecer sobre o que é a Educação Sexual.
A educação sexual ajudaria de diversas formas os alunos, principalmente a entederem melhor seu corpo. VC acha que a educação sexual poderia ajudar a diminuir os grandes percentuais de gravidez na adolescência?
ResponderExcluirTAIANE FIGUEIREDO LIMA
Acho sim, acredito que a Educação Sexual é o principal meio pra evitar a gravidez na adolescência.
ExcluirTeria um professor ideal para propor e desenvolver os debates sobre educação sexual?
ResponderExcluirTHAYNA DE LARA DUBENA
Prezada Thayna, obrigado pela leitura e pela pergunta.
ExcluirComo eu disse acima, acredito que o ideal é uma abordagem interdisciplinar envolvendo todo o grupo de professores.
Bom texto, bastante ilustrativo da situação atual da realidade escolar. achei interessante sua contribuição em dar exemplos daquilo que pode ser colocado em sala de aula visando a valorização das mulheres, através da luta femisnista que foi uma construção histórica que busca a igualdade de sexo e gêneros. Realmente é importante realçarmos em sala de aula que um homem pode chorar, ajudar a mãe nos afazeres domésticos, que isso não o fará ser menos másculo e que meninas podem jogar futebol, soltar pipa, etc que não serão menos femininas por isso. Gostaria de saber sua posição em relação aos profissionais que tratam de ilustrar a luta dos grupos de Gays e lésbicas como construções históricas de busca de justiça social perante a discriminação, Essas proposições em sala de aula deveriam ser tratadas? se sim, teria alguma série ou período específico na sua opinião? De antemão acredito que não podemos de citar e estudar a legitimidade da luta dos movimentos LGBTS em sala de aula, pois devemos buscar mostrar que somos todos iguais independentes de gênero, o mais importante é o bom caráter da pessoa, concorda comigo?
ResponderExcluiracima na minha argumentação cometi um erro ortográfico: onde lê-se não podemos de citar leia-se não podemos deixar de citar.
ResponderExcluirdesculpe e obrigado pela atenção.
Parabéns pelo texto, falar de educação sexual em sala de aula não e tarefa fácil, principalmente nas series iniciais, onde grande parte dos alunos sao guiados pelos costumes de sua família, concordo plenamente quando você aborda que deve haver mais discussão sobre o tema em sala de aula, porém,ao meu ver, deve-se traçar meios de se trabalhar com toda a família. Mediante isto, o que você sugere que seja feito para atrair a atenção de todos para a discussão do referido tema? E de que forma o tema pode ser abordado pelas crianças de diferentes costumes, sem que seja visto pelos pais como um estímulo precosse ao sexo?
ResponderExcluirSilvia Eleticia Santos do Nascimento
Boa tarde Arthur Nascimento,
ResponderExcluirRealmente trabalhar e sala de aula as temáticas referente a sexualidade é mesmo muito complexas.
Parabéns pelo texto, e gostaria de saber qual metodologia você sugere que seja utilizada para facilitar a compreensão dos aluno?
Gracinete Mousinho da Silva
Boa noite, em primeiro lugar parabens pelo artigo, realmente acho que se faz necessario aplicar a educaão sexual nas escolas com enfase na atualidade, que seria genero e orientação sexual. Agora segundo sua visão como formar professores capazes de ministrar tal tema? Sera que apenas deve se preocupar com a formação dos professores, ou também a escola deve se aproximar mais dos pais e do convívio familiar destes alunos para que esta educação sexual possa fluir tranquilamente pondo fim no preconceito e tornando escola livre para dialogar sobre tal?
ResponderExcluirOutra pergunta, eu enquanto futura professora de história como posso trazer em sala este tema educação sexual em conjunto com a disciplina historia?
ResponderExcluirPrezada Barbaraa, obrigado pela leitura e pela pergunta.
ExcluirPodemos problematizar as idéias de gênero, utilizando fontes sobre a Femilidade e Masculinidade, também podemos trabalhar em aula a luta das mulheres e sua história.
Parabéns pelo texto, professor! Seus Apontamentos são bastante pertinentes.
ResponderExcluirGostaria de saber de de qual forma você acha possível dinamizar esse assunto com os alunos?
E também como seria abordado o mesmo em sala de aula, através de matéria específica ou introduzir dentro das outras vertentes?
Grata,
Beatriz da Silva Mello.
Primeiramente meus parabéns pelo trabalho aqui apresentado! Sou formado em Pedagogia e graduando de História, ao longo de meus estudos em ambas graduações foi possível compreender a questão de gênero como fator determinante na história das sociedades e também que a escola atualmente aborda essa questão levando para um tradicional para não criar polêmicas. Na sua opinião e diante das abordagens feitas acerca do tema, o que é preciso para que a escola viabilize um tratamento mais amplo do tema para uma educação consciente na formação social dos alunos? E com os pais dos alunos o que é possível fazer para que isso não continue sendo tratado como tabu?
ResponderExcluirMuito obrigado!
Juliano Dilkin
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ResponderExcluirPartindo da ideia que a escola deve discutir e conscientizar os alunos sobre sexualidade e temas afins, gostaria de saber a partir de que ano\idade é melhor e mais propício problematizar essas temáticas com os alunos, visto que para as crianças dos anos iniciais, isso pode ser abstrato demais.
ResponderExcluirBárbara Lopes Heleno
Boa tarde. Como trabalhar gênero dentro da escola sem provocar preconceito de pais , professores?
ResponderExcluirsabemos que desde o seculo XX que tentam trabalhar esses temas , mas, sabemos que a mudança de pensamento é lenta , como podemos mudar esse pensamento . Sabemos que de uma forma ou outra temos que trabalhar esse tema em sala de aula na tentativa de orientar esses jovem?
Se formos analisar em pleno século XXI ainda é tabu falar de gênero o , sexualidade e orientação sexual onde esses temas devem ser trabalhado primeiramente com a família; Seria interessante começar esse trabalho dentro da família para depois na sala de aula.
Layana Márcia Carvalho Pereira
Muito se fala da necessidade de discussões sobre a sexualidade na sala de aula, porém como poderia tais discussões serem abordadas em salas de aulas onde temos várias alunos e professores com valores e crenças diferentes e que a maioria acreditam se uma coisa imoral para se discutir em sala de aula ? Como poderiamos ultrapassar essa barreira?
ResponderExcluirVanessa Sales Ribeiro.
Boa noite professor,
ResponderExcluirAnalisando seu texto surgiu um questionamento: Porque temos tanta dificuldade em abordar este tema em nossas escolas e famílias, visto que este é um temo atual e necessário para o melhor relacionamento entre as pessoas?
Hernando RIbeiro de Carvalho
Olá, obrigado pela pergunta.
ExcluirPor inúmeros fatores mas acredito que o principal é o conservadorismo que cria tantos "tabus".
Boa noite!
ResponderExcluirGostei bastante do texto, e acredito que a leitura suscita algumas reflexões profícuas para a educação num geral e para o ensino de História especificamente.
Em um contexto de 'Escolas sem PArtidos' e sem "Ideologias de gênero", entendo que o posicionamento mais combativo seja justamente o de falar e debater sobre estas questões.
O ensino de história tem muito a contribuir na criação de uma consciência acerca das desigualdades de gênero, e com a crescente adesão que o movimento feminista tem alcançado é cada vez mais facil de encontrat meios de inserir estes debates em sala de aula.
Com a leitura do texto, porém, refleti sobre a importância não só das discussões sobre gênero e sexualidade, mas sobre a questão da educação sexual como um assunto possível para as aulas de história. Para além das discussões sobre a desigualdade entre homens e mulheres no transcorrer da história, por exemplo, acredito ser interessante a exposição, por exemplo, do avanço de métodos contraceptivos, das diferentes formas de representações da homoafetividade, a história das campanhas de prevenção da aids e seus símbolos. Creio que, reivindicando um espaço em um tema que normalmente é conferido apenas a ciências ou à biologia, o professor de história pode gerar nos/as alunos/as uma melhor compreensão acerca do porque de a educação sexual no presente ter estas configurações, bem como a importância que seu aprendizado representa.
CAROLINA BOSCHI MONTEIRO