Luciana Mendes dos Santos

O USO DOS “MEMES” NO ENSINO DE HISTÓRIA: A HISTÓRIA DAS MULHERES NAS OLIMPÍADAS E AS NARRATIVAS CONTEMPORÂNEAS


No ano de 2016, o Brasil sediou as Olimpíadas que contou com a maior participação de mulheres na história dos jogos. Esse processo é resultante de grandes conflitos históricos no mundo dos esportes, principalmente no interior do Comitê Olímpico Internacional (COI), a instituição responsável pelos jogos; e de uma grande mobilização de mulheres que acreditavam que a participação nas Olimpíadas era um fator importante para o reconhecimento do esporte feminino e da diminuição das desigualdades nas relações de gênero dentro dos espaços de competição. Entretanto, algumas estratégias que envolvem o uso de novas linguagens e que possuem grande alcance na juventude articulados em nossa contemporaneidade, como os “memes”, criaram narrativas sobre as Olimpíadas que desconsideraram os processos históricos envolvidos para que a participação de mulheres nas competições fosse possível. Neste relato de experiência, apresento meu trabalho com a construção da inserção das mulheres nas Olimpíadas através de processo de rupturas em contrapartida à narrativa de um “meme” elaborado com a foto da lutadora Rafaela Silva, que retirava a potencialidade da luta das mulheres no processo de consolidação deste espaço.

O “meme” é uma imagem, informação ou ideia que podem ser divulgados pela internet de maneira ampla e rápida, geralmente com teor humorístico ou de sarcasmo. Eles podem ser produzidos, recriados e divulgados por qualquer pessoa que tenha acesso a rede e saiba utilizar as ferramentas necessárias para sua criação. O conceito de meme foi elaborado por Richard Dawkins (2007) em seu livro ‘O gene egoísta’, publicado em 1976, como uma ideia ou informação que tem o poder da replicação entre os indivíduos:

“Da mesma forma como os genes se propagam no "fundo" pulando de corpo para corpo através dos espermatozoides ou dos óvulos, da mesma maneira os memes propagam-se no ‘fundo’ de memes pulando de cérebro para cérebro por meio de um processo que pode ser chamado, no sentido amplo, de imitação” (DAWKINS, 2007, p. 123).

Entretanto, as informações difundidas por um meme muitas vezes não prezam pela veracidade, suprimindo a pluralidade dos sentidos possíveis em uma construção social ou em uma narrativa histórica, transmitindo e manipulando informações de acordo com o interesse de determinados grupos e posicionamentos políticos. O meme em questão foi elaborado por representantes de uma cultura política conservadora, replicando a narrativa de que para ganhar a medalha de ouro, a atleta Rafaela Silva não precisou do feminismo e nem de cotas, conquistou tudo por mérito próprio.

Fig. 1 
Fonte: Blog Sombras Elétricas. Disponível em: http://sombraseletricas.blogspot.com.br/2016/08/, acesso 10 jan. 2018.

Ao me deparar com este meme divulgado amplamente nas redes sociais, questionei sobre sua validade como fonte histórica. Em um presente saturado de informações, é relevante que profissionais da educação utilizem os produtos da mídia como ferramentas de trabalho, visando a desconstrução de narrativas históricas homogeneizantes e produzindo experiências e narrativas que fomente uma visão crítica das informações recebidas. Selecionei esse meme para minhas aulas de história sobre as Olimpíadas por me proporcionar uma gama de possibilidades em questões sobre gênero, identidade e sobre a construção de políticas afirmativas para a diversidade.

Rafaela Silva é uma judoca brasileira, ganhadora da medalha de ouro na categoria até 57 quilos nas Olimpíadas Rio 2016.  Como mulher negra que cresceu em uma comunidade violenta do Rio de Janeiro, a Cidade de Deus, a judoca enfrentou muitos desafios para consolidar-se como uma atleta profissional, contando no percurso com projetos sociais com o apoio de sua comunidade, de seu técnico e de sua família. Nas Olimpíadas de 2012, em Londres, após ter sido desclassificada pelos juízes pelo uso de um golpe ilegal, Rafaela foi vítima de ataques racistas pelas redes sociais. Sua vitória nas Olimpíadas de 2016 foi mérito da judoca que, mesmo em condições de desigualdade social, conseguiu superar as adversidades e conquistar a medalha de ouro em uma das mais importantes competições mundiais.

A história, segundo Dosse (2012, p. 13), é um conhecimento feito de mediações. Mas como mediar informações que proliferam nas redes sem nenhuma discussão? Para Koselleck (2014, p. 206), “toda história é história temporal, e toda história foi, é e será uma História do presente”, ou seja, as leituras do passado são efetivadas no contemporâneo tomando por base as experiências, e suas narrativas são construídas a partir das mediações realizadas entre o sujeito e suas vivências no presente. Para trabalhar com fontes contemporâneas em sala de aula, é importante que o educador traduza os diversos interesses presentes no documento, remontando os discursos forjados por seus agentes produtores e buscando os silêncios envolvidos na construção dessas narrativas.

Esse projeto foi desenvolvido com estudantes dos anos finais do ensino fundamental durante uma contratação temporária em 2016. Comecei a trabalhar com estes alunos no mesmo período em que estava iniciando os jogos olímpicos e, como a discussão estava muito presente em sala de aula, a coordenadora da escola me sugeriu desenvolver com a turma um projeto sobre a história das Olimpíadas. Dividi o projeto em três partes: na primeira parte discutimos o surgimento das Olimpíadas na Antiga Grécia e seus significados para a cultura do período; na segunda, o foco foi a reinvenção das Olimpíadas no século XIX pelo barão e historiador francês Pierre de Coubertin; e, por último, os estudantes debateram sobre as lutas que ocorreram para que houvesse maior equidade social, racial e de gênero nos jogos no século XX e XXI.

Esse projeto tinha como objetivos contextualizar as Olimpíadas dentro de uma um processo histórico, salientando as mudanças, as reinvenções e as novas construções de sentidos sobre os jogos; oferecer ferramentas para que os estudantes construíssem sentidos e narrativas sobre esse processo histórico, analisando suas permanências e alterações; realçando as lutas sociais contidas na história das Olimpíadas, reabilitando sujeitos condenados ao esquecimento (BENJAMIN, 1987, p. 224); e promovendo uma leitura crítica das narrativas produzidas sobre esse processo por parte dos estudantes.

O processo avaliativo ocorreu durante todo o projeto, através da participação dos estudantes durante as discussões, e da produção de textos em sala e seminários sobre a história das Olimpíadas e as Olimpíadas Rio 2016. Entretanto, ainda havia um desafio. Para Rüssen (1993), a aprendizagem histórica é a consciência humana se relacionando com o tempo, “experimentando o tempo para ele ter algum significado, adquirindo a competência de dar sentido ao tempo e desenvolvendo essa competência” (1993, p. 85). Tendo em vista a necessidade de entender o tempo como experiência, a última atividade solicitada aos estudantes foi a construção de uma análise crítica sobre o meme produzido com a imagem da Rafaela Silva, utilizando seu conhecimento histórico como base de defesa de seu posicionamento diante das afirmações expressas no documento.

Os textos produzidos tomaram direções e posições muito diversas, por vezes contraditórias. Percebi que os estudantes tinham um grande receio sobre o conceito feminismo, evitando seu uso e contrariando suas ideias, como no caso do estudante C., do oitavo ano:

“Eu não concordo com o feminismo, porque acho que somos todos iguais e por isso a Rafaela não precisou do feminismo para chegar aonde chegou. Mas se não fosse a briga da FEFI para que as mulheres fossem premiadas, demoraria bem mais para que isso acontecesse”.

Em outros trabalhos, a luta das mulheres pelo direito à igualdade nos esportes foi colocada como essencial no processo, como no texto de L., do sexto ano:

“A luta das mulheres foi muito importante para que fossemos aceitas com igualdade nos jogos olímpicos. Ainda existem muitos desafios, como a diferença dos salários e dos patrocínios, mas quanto mais mulheres praticarem esportes, mais mudanças vão acontecer”.

Algumas redações assimilaram o discurso produzido pelo meme, apesar do trabalho desenvolvido em sala que contrariava essa narrativa: “Esse negócio de cotas e feminismo é desnecessário. Podemos conseguir tudo com o nosso esforço, assim como a Rafaela Silva fez” (A., 9º ano). Apesar deste exemplo, grande parte dos textos desenvolvidos prezou pela igualdade de gênero, pelo fim da discriminação racial e pela equidade de direitos: “Devemos sempre lutar pela igualdade, para que todos tenham espaço. O mais importante nesta vida é o respeito” (R., 9º ano).

Este trabalho buscou ampliar o senso crítico dos estudantes, através do ensino de história, considerando os processos envolvidos e questionando construções sobre o passado que interferem no presente através de narrativas manipuladas com interesses diversos. O meme selecionado reproduzia uma narrativa que desconsiderava processos históricos importantes relativos à luta das mulheres por visibilidade e igualdade no mundo dos esportes, minimizando sua potência. Entretanto, como educadores de história, sabemos que esses processos históricos complexos não devem ser ignorados, tendo em vista que a discussão sobre gênero é essencial para o desenvolvimento de uma sociedade que tem como base o respeito e a igualdade.

Em nossa sociedade, os memes continuam no processo de imitação, replicando-se nas redes sociais. Esses documentos, que utilizam da força da comunicação para propagar ideias e narrativas, são ferramentas muito valiosas no trabalho em sala de aula, permitindo uma interface entre passado e presente e possibilitando uma mediação temporal através de temas do cotidiano. Em sala, temos a possibilidade de reintegrar esses documentos a uma discussão plural que, por vezes, é limitada nas redes sociais apesar das inúmeras possibilidades que o mundo virtual oferece aos seus usuários.


Referências
Luciana Mendes é mestra em História pela Universidade Estadual de Santa Catarina (UDESC) e professora de história da rede estadual de Santa Catarina.

BENJAMIN, Walter. Obras escolhidas- Magia e Técnica, Arte e Política. Trad. Sergio Paulo Rouanet. São Paulo: Brasiliense, 1987.

DAWKINS, Richard. O Gene Egoísta. Trad. Rejane Rubino. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.

DOSSE, François. História do tempo presente e historiografia. Tempo e Argumento: Revista do Programa de Pós-Graduação em História da Universidade do Estado de Santa Catarina, Florianópolis, v.4, n.1, 2012

KOSELLECK, R. Estratos do tempo: Estudos sobre história. Trad. Markus Hediger. Rio de Janeiro: Contraponto: PUC – Rio, 2014.

RÜSEN, J. Studies in Metahistory. Pretoria: Human Sciences Research Council,1993.

21 comentários:

  1. Muito interessante o seu trabalho.
    Você acredita você conseguiu mostrar aos seus alunos que é possível a utilização de "memes" como fonte histórica, assim dando abertura futura a utilização de outros tipos de fontes, que não se limitem as fontes oficiais como fotografia, livros, jornais e documentos oficiais?
    Andressa Fernandes Casal

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    1. Minha principal preocupação era abordar o meme como produtor de narrativas históricas com os estudantes. Foi interessante por abordar algo do cotidiano deles como fonte histórica.

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  2. Luciana,
    Além de usar os memes pra ensinar,discutir e aprender História, seria ainda possível orientar sua criação como um novo objeto, um novo documento histórico do nosso tempo? Ou haveriam impedimentos de ordem da teoria histórica para isso? A parte, gostaria de dizer que a escolha do seu tema é excelente por ser inovadora e por dar testemunho do presente, o que nada mais é do que também fazer História.

    Raquel Freire Bonfim

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    1. Hobsbawm disse que toda história é história do tempo presente. Ampliar nossas fontes torna nosso trabalho mais criativo, desde que a objetividade na análise desses documentos seja respeitada.

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  3. Luciana, excelente abordagem!
    Fiquei com duas dúvidas (que talvez se tornem sugestões) sobre a metodologia que desenvolveu...
    Vc deu destaque, em sala de aula, para o fato da mesma atleta, em 2012, ter sofrido represália com comentários racistas e misóginos? De tal forma, seria possível destacar a vulgaridade e irresponsabilidade envolvida na produção de muitos memes, especialmente os que se referem às mulheres e ao feminismo.
    Antes de apresentar o meme, vc apresentou o movimento feminista, sua importância para a história das mulheres e para nossa realidade atual? Penso que seria fundamental para quebrar pré-noções e opiniões infundadas sobre o termo, visto que os livros didáticos não o abordam e realmente carrega resistências por parte de quem ignora a importância do protagonismo feminino na história.
    Muito grata!
    Andreia Costa Souza

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    1. Sim, trabalhamos o fato dela já ter sofrido com o racismo nas Olimpíadas na edição anterior. Sobre o movimento feminista, me atentei a luta das mulheres para garantir a sua participação e igualdade nos jogos.

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  4. Parabenizo-a por sua experiência.
    Acredito que a utilização dos meios que os alunos dispõem, como internet e rede sociais, muito interessante.
    Uma ideia para um outro possível projeto seria trabalhar um "fake news" e os discursos que estão por trás deles e seus problemas.
    É curioso também como mesmo após todo o seu trabalho neste "meme" da judoca, alguns alunos parecem continuar a dar razão a ele, muito provavelmente por já estarem imersos em ambientes sociais que difundem sem crítica esses preconceitos.
    Gostaria de saber como outros professores ou a acadêmia encara essa utilização de fontes históricas não "tradicionais" no cotidiano escolar.

    Lucas Mascarenhas Levitan

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    1. Essa é a primeira vez que apresentou esse trabalho no espaço acadêmico, mas na Udesc, Universidade onde fiz minha pós, há um incentivo para a produção de pesquisas com essas novas fontes.

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  5. Boa noite Luciana,

    Quais os procedimentos que tomastes junto aos (às) estudantes para dialogar acerca da origem do meme (Quem o produziu? Qual a intenção? Etc.) ?

    Maicon Roberto Poli de Aguiar

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    1. Analisamos a origem da fonte acessando o blog onde ele foi publicado.

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  6. Bom dia!
    Os alunos possuíam algum conhecimento prévio para o feminismo? Esse conhecimento divergia muito entre visões positivas e negativas sobre o movimento? Você apresentou brevemente o assunto ou eles escreveram sobre o que possuíam em sua consciência histórica?

    Att. Ligia Daniele Parra

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    1. Os estudantes, em sua maioria, entendiam o feminismo como algo negativo. O trabalho com o meme possibilitou ampliar a discussão sobre o conceito e desconstruir muitos achismos. Foi bem divertido!

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  7. Boa noite, Profª Luciana.

    Parabéns pela comunicação, e, a atividade desenvolvida com os/as alunos/as. Gostaria apenas de fazer duas perguntas. Primeiro, se a Sra. trabalhou com o conceito gênero de Joan Scott. Segundo, após o desenvolvimento dos textos, os/as alunos/as tiveram a oportunidade de debater o tema, apresentando cada um/a o seu ponto de vista?
    Obrigada pela sua atenção.
    Um forte abraço.
    Danielle Mendes da Costa

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  8. Boa noite!

    Parabéns pelo criativo trabalho! Considerei extremamente contundente o que foi escrito sobre a busca dos silêncios na construção das narrativas, pois o que não é dito, às vezes, mais do que aquilo que é explicitado, deve ser focalizado. Enquanto estudante de licenciatura, fico feliz por ter lido seu texto, pois, certamente, será uma grande fonte de inspirações para mim. Acredito ser essencial dialogar com a realidade social ou com o cotidiano dos estudantes e, uma vez que o mesmo está imerso nas redes sociais, na reprodução de memes, no compartilhamento de fotos, vídeos e informações, tenho uma pergunta: qual é o principal cuidado que, a seu ver, o educador deve ter na hora de trabalhar esse tipo de fonte histórica, haja vista o tamanho da sua influência (muitas vezes maior do que a de jornais, revistas, sites jornalísticos, noticiários televisivos) sobre os pensamentos dos estudantes? Obrigada pela atenção!

    Caroline Cardoso de Almeida

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    1. Fico feliz em saber que meu texto pode te ajudar, Caroline. Acho que escrevemos pra isso, não é? Eu acho que devemos ter cuidado para não deixar cair nas provocações, manter uma postura ética e lutar pelo espaço de debate.

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  9. Bom dia,

    Durante a avaliação das atividades, foi proposto aos alunos a criação de memes sobre suas experiências de vida? Onde o aluno se coloca como protagonista salientando alguma dificuldade e como ele conseguiu passar por esse processo.

    Paulo de Mendonça Mafra

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    1. Como citei em meu texto, tive um tempo restrito para essa atividade porque estava atuando como professora eventual. Essa atividade teve como espaço de fala dos estudantes o debate em sala e a produção das redac8, mas não foi possível ampliar o tema com a produção de James devido ao tempo restrito e à ausência de recursos tecnológicos.

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  10. Boa tarde

    Gostei bastante do objetivo de ampliar o pensamento crítico dos alunos utilizando algo bastante atual.
    Acredito que esse assunto gerou pensamentos positivos e negativos nos alunos. Isso foi discutido posteriormente de forma mais intensa? E você acredita que suas opiniões podem mudar após entenderem o contexto histórico e não só do que é apresentado em massa atualmente, como o que é visto no meme?

    Anna Karina Firmo de Lima Alves

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    1. Infelizmente, a rotina de sala de aula nem sempre nos permite aprofundar os processos desenvolvidos. Eu elaborei a atividade acreditando que, ampliando seu conhecimento histórico, as opiniões poderiam ser mais elaboradas. Alguns estudantes conseguiram criar novos argumentos e novas visões diante dos memes, outros mantiveram suas posições.

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  11. Este comentário foi removido pelo autor.

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  12. Boa tarde, primeiramente gostaria de dizer que o texto é excelente demonstrando metodologias alternativas em sala de aula e que fazem parte do cotidiano dos alunos, gerando assim, um interesse prévio e um fator de identificação nos mesmos.
    Gostaria de saber se as contradições por parte das afirmações dos alunos teria a ver com a pós modernidade, que leva a carência de uma consciência e inserção no contexto histórico, gerando nos alunos dificuldades para "linkar" o passado como interpretação do presente, uma vez que, embora afirmem igualdade entre os indivíduos, reconhecem dificuldades que as minorias sociais enfrentam, como no caso do estudante C.

    Maria Eduarda Lis De Paula Coimbra

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